Enfim desperta o arrulho
E com ele um brilho avermelhado
Que me arranca o véu e oculta o barulho
De um coração há muito machucado.
E o orvalho que esfria minha alma
Disfarça o pranto ardente e desatado
Que rasga o rosto sem pesar e acelerado
Explode ao chão para encontrar a calma.
Mas não sou meu pranto
Sua bravura não é mais que amiúde
E mesmo que doa e dói um tanto.
Da minha vida só tem eu quem cuide
Por isso fico triste esperando
Que o fim do sofrimento seja o começo amando...
Roberto Weber de M. Milla
domingo, 23 de dezembro de 2007
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