quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Vida prostituta

Sou um vagabundo perdido
Fui jogado ao mundo prostituto sem opinião
Onde quem pensa chamam de mendigo
Somos quadrados sem saber por que razão
Devemos seguir com os outros sem despeito
Aos ídolos que estampamos no peito.

E aí daquele que sair da forma
É lançado ao rio sem demora
Não questionar essa é a norma, pois
Mesmo o destemido se apavora
Com a vastidão das águas misteriosas
Que lhe abrem a mente nessas vidas desastrosas.

Mas porque sair dessa roda?
Se somos todos programados iguais
Pelos nossos ídolos e protetores geniais
Para que possam distrair com pão e circo
Os vagabundos quadrados que dizem – ta eu fico!
A desculpa de todos é a moda.

Sou um vagabundo perdido e sem gume
Com uma caneta, um papel e uma corda
A caneta escreve no papel e a corda faz volume...

Roberto Weber de M. Milla

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