domingo, 23 de dezembro de 2007

Soneto da existência

Preciso mostrar ao mundo que existo
Sem talento ou riqueza que me sirvam
De refúgios e inspirações ou digam
Sossega minha alma, eu te assisto.

Não sei se um dia serei grande
Escrevendo versos loucos, sendo maluco
Sinto o tempo passar rápido e embora eu ande
Um dia sorrirei velho e caduco.

Cansei de ficar só e taciturno
Vagueando na vastidão dessa floresta
Que engole os perdidos e encaminha os errantes.

Dia e noite sigo com eles soturno
E no meu coração não encontro uma fresta
Que me alivie os prantos de agora ou de antes.

Roberto Weber de M. Milla

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